quarta-feira, 25 de maio de 2011

...os espíritos não resolvem seus problemas...

Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas idéias de autopiedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! Espírito nenhum resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.
No espiritismo, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.
Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.
Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.
Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais.
Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade. A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar. Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.
O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.
Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais. Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes
da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.
Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detem o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual. Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade.
Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das conseqüências de seus atos e escolhas. Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?
O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante. Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.
Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações. A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.
Capítulo do livro Pai João, da Casa dos Espíritos Editora. (livro Alforria reeditado)

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Luz do Oriente...


"Trago a "a luz do Oriente", que representa o caminho interno, a 'voz do silêncio', o verdadeiro caminho para o encontro com o infinito dentro do ser humano."
                                                                                      Narvana

                                                                                       

terça-feira, 10 de maio de 2011

Saúde

A saúde é também um estado d'alma.
Os pensamentos negativos envenenam as células e comprometem o funcionamento dos órgãos.
Cuidar do corpo não é somente exercitá-lo.
O cérebro é um dínamo gerador de energias.
Quem cede espaço mental para a imaginação doentia, acaba no desequilíbrio.
Toda trama infeliz se articula em silêncio.
Se queres estar sempre bem fisicamente, saneia os teus pensamentos.
Areja as tuas idéias e não conspurques os teus sentimentos.
Não percas tempo com discussões e polêmicas.
Sobretudo, não te permitas mais de uma hora ociosa por dia.

                                                                   Irmão José

...o Caminho...

...o Caminho...

quando, pedi amparo...
veio luz.
quando, pedi paz...
veio luz.
quando, pedi amor...
veio luz.
quando, pedi saúde...
veio luz.
quando pedi luz...
veio o caminho

quarta-feira, 4 de maio de 2011

O teu trabalho...

   Por mais insignificante, valoriza o teu trabalho.
   Nenhuma obra nasce acabada.
   Se valorizares o teu esforço, serás valorizado por ele.
   Toda tarefa no bem é importante e indispensável.
   Aperfeiçoando o que faz, o homem se aperfeiçoa.
   Toda ação repercute. Através do que fazes, influencias os que vivem à tua volta...
   O teu trabalho é a tua identidade, fornecendo notícias de tua realidade profunda.
   Humilde filete d'água tem a graciosidade que o mar não possui.
   Débil flor do campo pode causar inveja aos mais bem cuidados jardins.
   Alegra-te no que fazes. Quem não se realiza no que faz é infeliz.

                                 Irmão José

terça-feira, 3 de maio de 2011

Provavelmente...

   Antes de qualquer palavra depreciativa sobre a vida dos semelhantes, coloca-te no lugar de quem pretendes criticar.
   Imagina-te - mas imagina-te com sinceridade - na situação de quem é alvo de teus comentários.
   Estivesses vivenciando as experiências que vivenciam, provavelmente fizesses pior.
   Caso sofresses o que sofrem, é possível que não te mantivesses com tanta dignidade.
   Sustentasses a luta íntima que sustentam, não serias capaz de prever a tua reação.
   Atravessasses as dificuldades que atravessam, talvez não resitisses às injúrias que são compelidos a ouvir.
   Imagina-te na pele de quem amarga a incompreensão alheia, ante os acontecimentos que lhe fugiram ao controle.
   Pravavelmente, sequer tivesses ânimo para defender-te de quem, para acusar-te, nada mais tivesse que fazer, ao abrir a boca.

                                                                                 Irmão José

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Se...

Se pretendes chegar,
     Caminha sem cansaço.

 Se desejas vencer,
      Não desistas da luta.

Se buscas superar-te,
     Persevera no esforço.

Se queres acertar,
     Faze sempre o melhor.

Se procuras ser justo,
     Age no bem de todos.

Se almejas a Verdade,
     Escuta a consciência!...

                                                                     Irmão José